SAT Conexões – Episódio 1: Índia

O que a SAT, a Louis Vuitton e a Dior têm em comum?

Há países que não apenas visitamos — eles nos atravessam.
A Índia me atravessou desde a primeira vez que estive lá. Um país que é ao mesmo tempo caos e poesia, silêncio e explosão de cor. Um lugar onde o tempo corre em outro ritmo, onde as mãos ainda tecem, tingem e bordam com alma.

Foi em 2019, numa dessas viagens, que nasceu a SAT.
Uma marca autoral, com produção em pequena escala, criada com o desejo de vestir mulheres com significado e sensibilidade. Desde o início, apostei em matérias-primas naturais — como o linho puro e o denim tingido com corantes vegetais — e, com o tempo, passei a integrar também os têxteis indianos ao nosso processo criativo.

A Índia me ensinou a olhar com mais calma.
A valorizar o imperfeito.
A buscar tecidos que carregam histórias, feitos por artesãos que dominam saberes ancestrais. Tecidos que encontrei em mercados empoeirados de Jaipur, em ateliês escondidos, em conversas regadas a chai e encantamento.

Mas eu não estou sozinha nesse movimento.

Nos últimos anos, grandes casas de moda como a Dior e a Louis Vuitton também voltaram seus olhos à Índia. Em 2023, a Dior fez história ao apresentar uma coleção em Mumbai, com bordados criados por artesãs da Chanakya School of Craft, uma escola de formação artesanal feminina que admiro profundamente. A Louis Vuitton, por sua vez, incorporou elementos estéticos e culturais indianos em suas ações de moda e arquitetura, reconhecendo o valor dessa riqueza têxtil.

Então, o que temos em comum?

A SAT, a Louis Vuitton e a Dior compartilham algo muito maior do que estética: a valorização do processo artesanal, do feito à mão, da ancestralidade que se perpetua através da matéria-prima.
Nós acreditamos na moda como uma linguagem viva — um campo onde cultura, técnica, tempo e afeto se cruzam.

Esse é o primeiro episódio do projeto SAT Conexões, uma série que nasce com o propósito de dar voz às histórias que inspiram nosso trabalho. Histórias que não cabem apenas em uma legenda de Instagram ou em uma etiqueta. Histórias que vêm de longe — e que me transformam a cada passo.

Espero que esse vídeo te inspire tanto quanto me inspirou criá-lo.

Com carinho,
Sabrina